Mais do que uma história fantástica e aventuresca, YE trabalha um tópico tão profundo de forma metafórica, afim de conscientizar da importância de enfrentarmos nossos próprios medos.
Na narrativa conhecemos o jovem YE que recebeu o mal agouro do Rei Sem Cor, um ser que domina e habita as pessoas de maneiras diferentes. O garoto passa a não pronunciar nenhuma palavra a não ser Ye.
Os pais na intenção de salvá-lo, o enviam para encontrar a única pessoa que conseguiu se recuperar da maldição, uma dona chamada de bruxa. A partir daí começa a aventura de YE em busca dela.
Guilherme Petreca usa diversas metáforas para explorar o medo da pessoas de enfrentarem seus próprios demônios e também como elas podem ser cruéis com aqueles que o fizeram, como por exemplo a própria personagem da Bruxa, que o tempo inteiro sofre com os xingamentos da população de seu vilarejo.
Mas o ponto alto do quadrinho é a representação de que nossos medos podem ser enfrentados e que muitas vezes podemos ser o "Rei Sem Cor" para outras pessoas atenuando ainda mais o rei sem cor dentro delas.
Claramente a forma como a temática é abordada daria uma ótima MSP e os desenhos são um espetáculo a parte.
