Uma viagem ao mundo do impossível que se torna real, pela força de vontade de um ser em literalmente salvar outro, seja por amor, seja por destino.
Explicar Paciência sem dar spoiler é complicadíssimo. Portanto, irei me ater a minha opinião sobre a obra, sem dar muitos detalhes. A começar pela narrativa sensacional de Daniel Clowes que levou 5 anos para concluir essa graphic novel, deixando seus fãs numa grande expectativa. Paciência é um trabalho primoroso com relação a narrativa, pois as sacadas visuais e recursos de texto utilizados são diferenciados da grande maioria de quadrinhos que lemos no dia a dia. Além de que a leitura flui e os acontecimentos também, de forma que cada detalhe lhe leva a próxima página e a próxima, e a próxima... Gosto de HQs que me entretenham desta maneira. E falando em acontecimentos, Daniel Clowes sabe surpreender, pois sempre que você pensa que ele vai te levar por um caminho, pode ser completamente diferente do que você imaginou. Segunda coisa fascinante do quadrinho são os traços e as cores escolhidas para contar a história. Os desenhos são simples, admito, mas para mim, não poderia ser melhor, quando se tem um enredo tão cheio de reviravoltas e complexidades. E por último, mas não menos importante, o acabamento dado pela Editora Nemo. Apesar de ter escolhido fazer o material em capa cartão (com detalhe para o belo hotstamp na capa), a escolha foi certeira, pois barateou o quadrinho e não perdeu nada a qualidade gráfica (até onde sei). Confesso também que sou suspeito a falar, pois além de gostar da maior parte dos materiais publicados pela Nemo, também nunca tive o que reclamar do acabamento. Paciência é um daqueles quadrinhos que você precisa confiar em quem está indicando e embarcar na leitura, e acredite, provavelmente não irá se arrepender. No mínimo vai achar interessante, mas jamais um desperdício.
