Klaus é uma história de origem, sim, não daquelas iguais de super-heróis, mas de saber quem você realmente é no meio a multidão.
Felipe Nunes traz uma narrativa singular através de Klaus, um garoto que se vê em meio a uma sociedade da qual ele não se sente pertencente. Diferente de todos, o garoto se vê como um estranho mesmo dentro de sua própria casa. Seus pais, um casal de tigres e seus colegas de classe representados por outros animais são dessa forma para deixar ainda mais claro as diferenças sociais entre eles, o que para mim está num tom de crítica que eu curto muito.
Tudo começa a mudar quando o pequeno Klaus através de um incentivo misterioso, começa a procurar por suas origens e revelações grandiosas vem à tona.
Como citado acima, apesar da parte de fantasia da HQ, Felipe Nunes deixa a interpretação de uma crítica social interessante. Quando chegamos ao fim do quadrinho sentimos que queremos mais, pois aquilo é só o início de uma descoberta para a vida toda.
Fiquei muito contente que Nunes não escolheu caminhos óbvios de contos como Tarzan ou Mogli, deixando claro ali a maturidade de sua história. Afinal, não dá pra esperar menos de mais um dos prodígios do quadrinho nacional.
