Eric Peleias traz uma narrativa vibrante em seu azul profundo em Até o Fim, uma de suas novas obras ao lado do surpreendente Gustavo Borges.
Até o Fim trabalha uma narrativa um tanto quanto profunda, a morte no momento errado. Ou seria no momento certo?! Essa é uma questão que a protagonista Lilian certamente já tem uma definição, ela com toda certeza não quer morrer. Ela possui muitos planos, reuniões e seu vindouro casamento. Mas a morte não necessariamente espera que a vida complete todos os seus planos.
Logo Lilian se coloca numa jornada na tentativa de voltar a vida, mas antes precisa definir o destino de cada um de seus amigos que morreram junto a ela. Isso inclui sua melhor amiga, um dos grandes amigos de infância, seu noivo e seu irmão menor. Mas será que eles querem o destino que ela decidiu?!
O quadrinho trabalha pontos bastante importantes como o fato de planejarmos tudo, mas sempre deixarmos para o amanhã aquele suposto plano, quando nem sabemos se o amanhã existirá. O que acontece após a morte. Também mostra como podemos ser egoístas quando queremos estar no controle de tudo, o que acaba nos deixando cegos para o que as pessoas em nossa volta realmente sentem ou querem.
O trabalho do colorista Michel Ramalho foi imprescindível para dar o tom sereno e ao mesmo tempo um pouco melancólico para a obra.
Enfim, eu já esperava que iria gostar do quadrinho, devido a premissa e de fato gostei bastante.